Rede social, que possui mais de 1 bilhão de usuários, foi lançada em 4 fevereiro de 2004
Nascido de uma ideia de universitários, o Facebook
completa 10 anos nesta terça-feira com mais de 1 bilhão de usuários e
marcado como sinônimo de rede social de sucesso. Criado por Mark
Zuckerberg, Chris Hughes, Eduardo Saverin e Dustin Moskovitz, a rede
social foi baseada no Facemash, idealizado por Zuckerberg em outubro de
2003 para que os estudantes de Harvard – onde ele cursava o segundo ano –
pudessem escolher os amigos mais atraentes.
Curiosamente, o criador do Facebook não foi o primeiro a
se registrar na rede social, mas sim o quarto, isso porque os três
primeiros eram apenas usuários testes. Em seguida Dustin Moskovitz e
Chris Hughes, co-fundadores da rede social, entraram no projeto.
Em janeiro de 2004, Zuckerberg criou o thefacebook,
primeiro nome da rede social. Lançado em 4 de fevereiro, o site ganhou
apenas em setembro o "mural", que permitia aos usuários enviar mensagens
aos amigos, e em dezembro do mesmo ano já havia conquistado 1 milhão de
usuários. Nessa época ele era destinado apenas a universitários.
No final de 2005, o Facebook possibilitou que os
usuários compartilhassem fotos e foi liberado para ser acessado em todo o
mundo, mas apenas por estudantes. No dia 26 de setembro do ano
seguinte, o Facebook permitiu que qualquer pessoa pudesse criar a sua
conta, o que levou a rede social a alcançar 12 milhões de fãs. Em 2007,
ano em que o Facebook liberou o compartilhamento de vídeos, 58 milhões
de usuários já utilizavam a rede social. No ano seguinte, o Facebook
continuou criou um chat, além de aplicativo para iPhone.
Em 2008, os gêmeos Winklevoss que alegavam serem os
verdadeiros "pais" do Facebook chegaram a um acordo para pôr fim à
disputa com Zuckerberg em troca de receber US$ 20 milhões em dinheiro e
US$ 45 milhões em títulos da empresa. No entanto, logo em seguida,
solicitaram a reabertura do caso por considerar que foram enganados. Em
2009, Zuckerberg adotou o botão “curtir” e, em março daquele ano, lançou
o novo Facebook, com layout redesenhado e uma nova página. Em dezembro
daquele ano, a rede social alcançou 360 milhões de usuários.
Já em 2010, o site lançou dois serviços que não caíram
nas graças dos usuários: o Facebook Places – recurso que mostrava o
local onde o usuário estava – e o Facebook Sponsored Stories - que
permitia às empresas que patrocinavam o Facebook pegar os bons
comentários feitos pelos usuários e utilizar como propagandas. No final
daquele ano, 608 milhões de pessoas utilizavam o Facebook. Em 2011, com
845 milhões de usuário, a rede social teve papel importante na chamada
"Primavera Árabe", possbilitando a mobilização de pessoas em atos contra
governos ditatoriais em diversos países no Oriente Médio e África.

Em maio de 2012, um dos maiores passos da empresa:
a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O preço dos
papéis no dia do lançamento foi de US$ 38, chegando a atingir US$ 43,02
na primeira sessão. O Facebook precificou seu IPO no topo da faixa
estimada, tornando-se a primeira empresa dos Estados Unidos a chegar à
bolsa com um valor de mercado acima de US$ 100 bilhões. No final do ano,
a rede social atingiu a marca de 1 bilhão de usuários.
Contudo, apesar do sucesso entre os usuários, o Facebook
passou por dificuldades na bolsa, chegando a recuar 50% nos três
primeiros meses de negociações, perdendo US$ 40 bilhões em valor de
mercado. Após a turbulência, as ações se estabilizaram em julho de 2013,
quando os papéis foram negociados pelo mesmo valor de lançamento (US$
38) desde o início de sua operação na bolsa.
No início deste ano, um estudo da Universidade de
Princeton (EUA) previu um “futuro negro” para o Facebook, afirmando que
80% dos usuários deixarão a rede social até 2017. Em sua resposta à
universidade, a rede afirmou que Princeton tem menos cliques no botão
"curtir" do Facebook do que Harvard e Yale. Também afirmou que diminuiu a
quantidade de suas publicações desde o ano 2000 e constatou que o
número de buscas no Google Scholar - que reúne artigos acadêmicos -
sobre Princeton também caiu.
Usando "o mesmo princípio" do relatório de Princeton, o
Facebook estabeleceu uma correlação entre as inscrições de estudantes em
uma instituição e a quantidade de buscas sobre ela no Google. "Esta
tendência sugere que Princeton terá só a metade de suas matrículas
atuais em 2018 e, em 2021, não terá alunos", diz o relatório do
Facebook.
O mais novo lançamento do Facebook ocorreu no dia 30 de
janeiro deste ano, quando a rede social anunciou o Paper, aplicativo de
leitura para smartphones e tablets que ficou disponível para usuários
americanos desde ontem. O recurso terá 19 seções de notícias como
esportes, tecnologia, cultura, por exemplo, e mostrará um visual
diferente do que o aplicativo principal da rede social. O Facebook não
divulgou a previsão para que outros países receberem o aplicativo, que
foi desenvolvido por uma equipe de 15 pessoas.