O Estatuto do Desarmamento completou uma década em meio a
divergências sobre a influência das restrições na queda da violência no
país. De acordo com o Ministério da Justiça, mais de 650 mil armas foram
retiradas de circulação no Brasil.
O número de mortes, no
entanto, ficou praticamente estável no período, uma média de 39 mil por
ano. Já o IPEA constatou que os homicídios caíram 12% na última década,
número contestado por organizações não governamentais.Em 2005, foi feito um referendo e os brasileiros votaram a favor do comércio de armamentos e munições. O professor do núcleo de violência da USP, Guaraci Mingardi, disse ao repórter JOVEM PAN Thiago Uberreich que o Estatuto trouxe avanços, mas as ações ainda são insuficientes.
O professor do núcleo de violência da USP, Guaraci Mingardi, acrescentou que o desarmamento ajudou a reduzir índices em algumas capitais. O pesquisador da ONG Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira, citou alguns fatores que podem colocar em risco o Estatuto do Desarmamento.
A coordenadora da área de Sistemas de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, também destaca a importância do Estatuto. Falando ao repórter JOVEM PAN André Aguiar, ele explicou por que portar uma arma não significa estar mais seguro ou protegido.
Os casos de violência têm se disseminado, pois existe uma descentralização produtiva, econômica e a formação de novos centros no Brasil. Somente em 2010, 38 mil pessoas foram vítimas do uso de armas de fogo no país: foram 108 mortes por dia.