A promessa de construção dos 72 hospitais não saiu do papel e a peregrinação dos maranhenses em busca de atendimento médico continuou. Como resultado, a área da saúde é a que tem pior avaliação no governo Roseana Sarney.
Pesquisa Ibope divulgada na última sexta (13) confirmou que para os maranhenses o setor com pior avaliação do governo Roseana Sarney é o da saúde pública, pasta administrada pelo secretário Ricardo Murad. A saúde pública do Maranhão apareceu com nota máxima para o estado no quesito pior desempenho, em que 39% dos entrevistados na pesquisa CNI/Ipobe atestaram tal avaliação.
Embora tenha garantido em nota
distribuída à imprensa que no ano de 2012 todos os hospitais do programa
“Saúde é Vida” estariam concluídos, o secretário Estadual de Saúde,
Ricardo Murad, não pôde cumprir esta promessa. Prorrogou o prazo para
dezembro de 2013 e há menos de quinze dias para o término do ano, apenas
29 das 72 unidades prometidas saíram do papel.
Outro fato grave é que vários dos
hospitais recém-inaugurados já estão de portas fechadas. A denúncia foi
feita pelo deputado estadual Rubens Júnior (PCdoB), líder da bancada de
oposição da Assembleia Legislativa durante a sessão plenária do último
dia 03 de dezembro.
Segundo as denúncias, as unidades
inauguradas nas cidades em Jenipapo dos Vieiras, Matinha, Lago do Junco,
Tufilândia e Benedito Leite, deixaram de funcionar logo após a
inauguração. “Quem mais sofre com o fechamento dos hospitais é o povo
maranhense, abertura dos hospitais, precedidas do seu fechamento
comprovam a fraude eleitoral e administrativa cometida pela governadora
Roseana Sarney”, denunciou o deputado na ocasião.
A distância entre o que diz a propaganda
do “Programa Saúde é Vida” e o real andamento do programa pode ser
mensurada na insatisfação dos maranhenses consultados na pesquisa
CNI/IBOPE. O reflexo da falência do projeto da saúde pública do estado é
a peregrinação constante dos maranhenses em busca de atendimento médico
nos estados vizinhos (Piauí e Tocantins) ou na capital maranhense, em
que 70% dos atendimentos dos Socorrões I e II são destinados ao socorro
dos pacientes que chegam do interior do estado.